quinta-feira, junho 17, 2010

ESTA TINHA QUE ESTAR NO BLOGUE...UMA MARCA CASADOMURO

A velhinha e a cabaça
Era uma vez uma velhinha que vivia sozinha numa pequena casa junto a um bosque onde ela gostava muito de passear.
Um dia quando ia para o casamento da sua filha teve que atravessar todo o bosque a pé.
Ia ela a apreciar o passeio quando encontrou uma raposa, que lhe disse:
– Vou-te comer, velhinha.
– Não faças isso agora – respondeu a velhinha – é que eu vou ao casamento da minha filha, quando voltar venho mais gordinha.
E a raposa deixou-a continuar o seu caminho.
Um pouco mais à frente encontrou um grande lobo.
– Não passas aqui sem que eu te coma – disse o lobo.
A velhinha respondeu:
– Agora não, eu vou ao casamento da minha filha e vou voltar mais gordinha.
E o lobo também a deixou ir embora.
No casamento da filha a velhinha divertiu-se muito e comeu muito também.
Quando já estava para ir embora e voltar para casa, lembrou-se do lobo e da raposa que estavam à espera dela. Então contou a história à filha e ficaram as duas a pensar numa forma para a velhinha voltar para casa sem ser vista.
Foram então à procura de alguma coisa onde a velhinha se pudesse esconder, experimentaram vários objectos, panelas, barris, e então encontraram uma grande cabaça onde ela cabia e conseguia espreitar para poder ver.
No caminho de volta para casa a velhinha ia rodando a cabaça.
Quando passou pelo lobo ele perguntou:
– Viste por aí uma velhinha?
– Nem velhinha nem velhão, roda cabacinha, roda cabação – respondeu-lhe a velhinha.
E continuou o seu caminho escondida dentro da cabaça.
Já ia um pouco mais descansada por ter conseguido enganar o lobo, quando a raposa se pôs no seu caminho.
– Viste por aí uma velhinha? – perguntou-lhe a raposa.
A velhinha respondeu:
– Nem velhinha nem velhão, roda cabacinha, roda cabação.
Pouco depois chegou a casa em segurança, bateu com a cabaça numa grande pedra que estava perto da porta e saiu de lá de dentro.
A velhinha continuou a dar os seus passeios, mas noutro sítio do bosque para não se cruzar novamente com o lobo e a raposa e eles ainda hoje continuam à espera que a velhinha volte do casamento da filha.

4 comentários:

jona disse...

Subscrevo 100%! Faz parte do imaginário infantil de todos os miúdos casamurenses. Agora já não é só tradição oral do nosso contador de estórias preferido - o tio António de casa!

Tio_Trofa disse...

Muito bom! Estou já a preparar a versão italiana deste grande clássico da casa do muro

Tio_Trofa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
vitu disse...

isso é que era...abraço